quarta-feira, 28 de julho de 2010

Retenção de funcionários em TIC

Em um mercado no qual falta mão de obra especializada, a capacidade de reter os melhores profissionais representa um diferencial competitivo para as empresas. No setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), a preocupação das organizações com esse tema ganhou ainda mais força com o aquecimento da economia brasileira.
 
Afinal, qual o segredo para a retenção de talentos? Um dos caminhos é ter um ambiente de trabalho que seja considerado excelente para os funcionários. Uma prova disso está no fato de que, entre as 70 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom, o índice de evasão voluntária de profissionais  ou seja, pessoas que deixam a organização por decisão própria foi de aproximadamente 9% em 2009. No mesmo período, a média geral do setor foi de 19%.
 
Para o sócio-diretor da consultoria em recursos humanos Korn/Ferry no Brasil, Jairo Okret, para reter os profissionais, as empresas precisam fazer com que eles se sintam engajados com a organização. Quando isso acontece, cumprem suas tarefas porque acham importante e, não, por obrigação, aponta Okret.
 
O caminho para ter colaboradores comprometidos e satisfeitos, segundo o especialista, vai muito além de uma política de remuneração atraente. De acordo com um levantamento da Korn/Ferry, as questões que mais retêm um profissional na organização são o alinhamento à estratégia da empresa, um bom plano de carreira e confiança nos líderes, enquanto que o salário aparece em 10º lugar na lista de prioridades.
 
Entre as 70 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom no Brasil, o fator mais valorizado pelos funcionários nas organizações, segundo a pesquisa do Great Place to Work, é a oportunidade de crescimento e de desenvolvimento na carreira. Este item foi citado por 58% dos profissionais entrevistados.

No caso da fabricante de equipamentos de telecom Ericsson, que mantém uma equipe de aproximadamente 3 mil colaboradores no Brasil, a preocupação em apoiar o desenvolvimento dos profissionais se traduz em uma série de políticas. Entre elas, todos os gestores da companhia recebem uma verba anual para capacitação da equipe. E quando eles não usam o orçamento, precisam justificar o motivo, conta a diretora de recursos humanos da empresa, Vera Gobetti.
 
Entre as ferramentas de capacitação oferecidas pela Ericsson estão especializações gratuitas para profissionais técnicos e subsídio de 50% no valor de cursos de MBA, pós-graduação e línguas (inglês e espanhol). O sistema de avaliação de todos os profissionais da fabricante também contempla metas que precisam ser cumpridas em termos de conhecimentos. Fazemos um mapeamento para analisar as competências dos funcionários duas vezes ao ano, afirma Vera. Segundo ela, com base nessas informações, a empresa consegue analisar o plano de desenvolvimento individual.
 
Ainda entre as políticas ligadas a oportunidades de evolução, a Ericsson estimula que os profissionais brasileiros sigam uma carreira internacional. Para isso, mantém um programa de intercâmbio com outras filiais ao redor do mundo, por meio do qual os funcionários têm a possibilidade de passar de seis meses a dois anos em outro país. O que, na visão da diretora de RH, contribui para a retenção de talentos.
 
Pessoal e profissional
De acordo com a pesquisa das Melhores Empresas de TI e Telecom para Trabalhar no País, outra questão que motiva os colaboradores a permanecer na empresa, citada por 24% de todos os profissionais consultados na pesquisa deste ano do Great Place to Work, é estar em uma organização que permita o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
 
Na Cisco, fabricante de equipamentos de TI e Telecom, a forma encontrada para garantir esse equilíbrio foi adotar um horário flexível e permitir que os 320 colaboradores que atuam no País trabalhem de forma remota. Para isso, todos recebem um laptop e um smartphone, por meio do qual podem ficar conectados a distância, conta a diretora de recursos humanos da empresa no Brasil, Diane Hartwick.
 
Da mesma forma, na empresa de telefonia Algar Telecom, boa parte dos profissionais pode trabalhar de maneira remota algumas vezes por semana. Mas o equilíbrio entre vida pessoal e profissional também se estende à preocupação com o bem-estar dos cerca de 1,5 mil colaboradores. Nesse sentido, todos os funcionários da organização são submetidos a check-ups médicos e quando existe algum tipo de problema (como excesso de peso ou colesterol alto, por exemplo), passam a ter metas de melhoria. Mais do que isso, ganham pontos no plano de carreira utilizado para calcular o bônus anual de cada pessoa, quando conseguem atingir os objetivos.
 
Para a gerente de projetos do Great Place to Work no Brasil, Roberta Hummel, esse tipo de preocupação com as pessoas representa uma questão fundamental para reter talentos. O mais importante nem é o pacote de benefícios, mas a forma como a companhia cuida dos profissionais, avalia. No entanto, Roberta lembra que isso exige da empresa um conhecimento profundo das peculiaridades dos empregados. Isso não significa que as organizações tenham de criar coisas diferentes para cada um dos colaboradores, mas devem descobrir o que é mais importante para a maioria, acrescenta a especialista.
Fonte: Computer World

SAS: empresa se diferencia pelo cuidado com as pessoas

A subsidiária brasileira, que ocupa o terceiro lugar no ranking das 70 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom, replica modelo internacional de gestão de pessoas.

 

Por TATIANA AMERICANO, DA COMPUTERWORLD

Quem entra na sede do SAS Institute – fornecedor de soluções de inteligência analítica – no Brasil, em São Paulo (SP), se depara com um ambiente que pouco difere de outras empresas de alta tecnologia: paredes claras, baias cinzas divididas por vidros e muitas salas de reunião. Mas um olhar mais apurado logo percebe detalhes pouco convencionais. Entre eles, os potes de chocolates M&M´s que todas as sextas-feiras dividem espaço com biscoitos, sucos, frutas, queijos e outros alimentos oferecidos diariamente para colaboradores e visitantes da companhia.

Por trás dos M&M´s está uma tradição do fundador do SAS, Jim Goodnight. Quando iniciou a companhia, em 1976, ele distribuía pacotes do chocolate aos funcionários, todas as semanas, como forma de demonstrar cuidado com as pessoas. Hoje, 34 anos depois, a iniciativa continua a ser replicada aos cerca de 10 mil colaboradores, espalhados por 100 escritórios em 50 países.

A distribuição de chocolates, no entanto, representa apenas um dos muitos exemplos de políticas para gestão que Goodnight faz questão de manter para todos os seus funcionários ao redor do mundo. "Existe uma cultura muito forte de respeito às pessoas", ressalta a gerente de recursos humanos do SAS no Brasil, Vania Rossini. Cultura essa que o fundador da companhia faz questão de manter viva por meio de visitas constantes aos escritórios do grupo ao redor do mundo e com iniciativas pontuais, como os e-mails que escreveu para cada um dos funcionários do Chile na época do terremoto no país. 

O cuidado com as pessoas aparece como um dos pontos fortes da política de gestão do SAS,  que ajudaram a empresa a ocupar o terceiro lugar no ranking deste ano das 70 Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom, promovido pela Computerworld e Great Place to Work Institute. A preocupação começa pela forma como os novos funcionários são recebidos na empresa. "No primeiro dia de trabalho, os profissionais já têm registro em carteira, ticket, telefone, computador e todas as demais coisas necessárias para o desempenho de suas funções", conta Vania. Como forma de integrar os novos colaboradores, eles são recepcionados com um almoço de boas-vindas, um kit com diversos itens e reuniões com várias áreas da empresa. "Recebem um verdadeiro banho de SAS", brinca a gerente.

Outro diferencial da companhia, que contribuiu para um turn over (rotatividade) de menos de 2% em 2009, é o fato de que todos os colaboradores, independentemente do cargo, integram a política de remuneração variável e têm acesso aos mesmos benefícios, que incluem plano de assistência médica e odontológica, previdência privada, programa de saúde preventiva, seguro de vida, subsídio para cursos de línguas (no valor de 250 reais mensais), auxílio à academia de ginástica, bolsas de estudo, entre outros.

Um dos destaques entre os benefícios é o EAP (Employee Assistance Program), programa voltado a dar suporte aos empregados e seus familiares para a solução de problemas pessoais. A iniciativa oferece profissionais especializados nas áreas financeira, jurídica, social e psicológica.

 

Compras Coletivas.

Cinco meses após a estreia do primeiro clube de compras on-line no Brasil, já há 12 funcionando no país.
 
Uma nova modalidade de oferta de produtos e serviços pela internet, conhecida como compra coletiva ou clube de compras, ganha espaço no Brasil.
 
Cinco meses após a estreia do primeiro site de compra coletiva no Brasil, o Peixe Urbano, já há 12 funcionando no país.
 
Os sites atraem os consumidores com promoções instantâneas e descontos que chegam a 90% em estabelecimentos como restaurantes e salões de beleza.
 
O conceito do negócio é conceder um forte desconto para ganhar no volume de compradores. As lojas colocam as promoções no site, mas as pechinchas só valem se um número mínimo de consumidores confirmar o interesse.
 
Esse mínimo de pessoas é definido pelo site para cada promoção.
 
No site Peixe Urbano, um curso de culinária de 2 horas, por exemplo, que custava R$ 100, saiu por R$ 40 porque pelo menos 20 pessoas se interessaram pelo serviço.
 
Como funciona
 
Para aproveitar os descontos, o consumidor deve cadastrar-se no site (ver informações ao lado).
 
Desde 1º de julho, a vida do usuário de compras coletivas no país está facilitada. É que surgiu no mercado o site Zipme, que reúne as ofertas do dia de todos os sites de compras coletivas brasileiros, por cidade.